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Os mitos da interação entre crianças com dermatite atópica e os cães

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A interação entre crianças com dermatite atópica e cães é um assunto recorrente e que sempre traz preocupações aos pais. Afinal, está cada vez mais comum ter animais de estimação correndo pela casa e tendo acesso às camas, brinquedos e áreas comuns com os humanos. Mas será que os animais realmente podem causas prejuízos à saúde dos pequeninos?

Os cães podem ser responsáveis pela dermatite atópica?

Até hoje não há uma causa específica para a dermatite atópica. Porém, não há como indicar que a presença de cães em lares possa contribuir para o surgimento da alergia, principalmente em crianças. De maneira mais geral, a dermatite atópica pode ser decorrente do mau funcionamento no sistema imunológico do corpo, junto à combinação da pele mais seca e irritável, podendo estar relacionada também com uma base genética. Desta forma, a presença dos cães não está relacionada como fator determinante às causas, pelo contrário!

Crianças com dermatite atópica podem ter contato com cães?

Seguindo a linha entre as doenças de pele e o contato com cães, há uma surpresa interessante em estudos recentes. Segundo pesquisa na Universidade de Alberta, no Canadá, por exemplo, os animais de estimação contribuem para diminuir os casos de alergia de pele – e até obesidade – entre as crianças, pois quanto maior a exposição a alérgenos, maior a capacidade do sistema imunológico se fortalecer e prevenir doenças. Além disso, conforme os resultados obtidos, as crianças que tiveram contato com cães desde o nascimento, tendem a ter melhora na flora intestinal e menos chances a desenvolverem asma.

Hipótese-Higiene: excesso de limpeza

Entre estes estudos temos a Hipótese-Higiene, que sustenta que o excesso de limpeza pode causar doenças alérgicas, já que o organismo deixa de ter exposição a alérgenos. Desta forma, muitos estudos (N Engl J Med. 2011. Exposure to environmental microorganisms and childhood asthma – J Allergy Clin Immunol. Pet exposure and risk of atopic dermatitis at the pediatric age) demonstraram que ter cães e gatos em casa protege crianças contra alergias, e o efeito é aditivo, assim que, quanto mais cães e gatos, maior o efeito benéfico.

Exemplos de benefícios entre crianças e cães na medicina

Em outras áreas da saúde, nos anos 1960, o cão do psiquiatra americano Boris Levinson exerceu importante papel no sucesso da terapia de uma criança antes retraída e resistente às sessões. A partir daí, a interação positiva entre cães e humanos gerou terapias assistidas por cães em patologias psiquiátricas. E a instabilidade emocional está por sua vez ligada à atopia. Os cães passaram a ingressar também em quartos de hospitais (em especial alas de psiquiatria e oncologia) transformando enfermos antes apáticos em indivíduos mais alegres, gerando alívio, alegria e prazer.

Afinal, como dizer não a um cão?

Nem Freud disse. Pelo contrário! Em 1926, Freud chegou a dizer que preferia a companhia dos animais à companhia humana: “Que objeção pode haver contra os animais? Eu prefiro a companhia dos animais à companhia humana”. Questionado, o famoso médico neurologista afirmou que os cães são mais simples e não sofrem de “uma personalidade dividida”. Ainda segundo Freud, “As emoções dos cães lembram-nos os heróis da Antiguidade. Talvez seja essa a razão por que inconscientemente damos aos nossos cães nomes de heróis, como Aquiles e Heitor”.

Surgiu alguma dúvida sobre a dermatite atópica em crianças? Entre em contato ou agende uma avalição.


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