Queda de cabelo e Eflúvio telógeno
É uma condição que se caracteriza pelo aumento da queda diária de fios de cabelo. Seu aumento é visto principalmente naquele bolo que cai no chuveiro ou fica na escova quando penteamos. O eflúvio se divide em dois tipos: agudo e crônico. São subtítulos que compartilham a queixa de queda aguda, mas são clinicamente distintos.
Amplamente conhecido na dermatologia há muito tempo, o eflúvio telógeno (ET) pode ser desencadeado por alterações metabólicas, nutricionais, uso de remédios, drogas e diversas condições sistêmicas, incluindo infecções.
Na COVID-19, acredita-se que as citocinas inflamatórias liberadas ou mesmo o uso de medicamentos, como a heparina, possam estar envolvidos no mecanismo de TE.
Eflúvio telógeno agudo: sua causa está associada a algum evento que aconteceu três meses antes do início da queda. Isso porque o período de preparo para a queda dura de dois a três meses e os fios se desprendem ao final desse ciclo. Esses eventos, ou gatilhos, convertem um percentual maior de fios para a fase de queda. Sendo assim, ao invés de termos 100-120 fios caindo diariamente, temos 200-300 fios, dependendo do paciente e da causa do eflúvio. sbd.org.br
Causas:
pós-parto
febre
infecção aguda
sinusite
pneumonia
gripe
dietas muito restritivas
doenças metabólicas/infecciosas
cirurgias
cirurgia bariátrica
estresse
Algumas medicações ( cortisona, antidepressivos com lítio ) também podem desencadear o problema. Tudo isso pode interferir na proporção dos fios na fase de queda.
Em geral, 70% dos casos têm o agente descoberto. Já nos 30% restantes a causa acaba por não ser definida.
Eflúvio telógeno crônico: a fase na qual os fios caem muito, se assemelha à versão aguda. Porém, em longo prazo, é diferente. Há ciclos de aumento dos fios na fase de queda, de forma cíclica, uma ou duas vezes por ano, ou a cada dois anos, dependendo do paciente. Conforme o tempo passa, o paciente fica com o cabelo mais volumoso na base e menos volumoso no comprimento. O cabelo fica mais curto e com o “rabo de cavalo” mais fino. Se o paciente só tiver essa condição, não ficará com o cabelo ralo no couro cabeludo. Porém, seu problema pode estar associado a outras condições que causam rarefação dos fios. De qualquer forma, se perde muito volume e comprimento. O problema nem sempre tem causa definida, mas sabe-se que está associado a doenças autoimunes, dentre elas, a mais comum é a tireoidite de Hashimoto.